OS COLORIDOS

Nunca gostamos de usar o OLHAR MASCULINO como palaque, tavez por isso não puxe nosso saco, mas existem coisas que são muito boas, bem escritas como esse artigo escrito pela Dra. Maria Berenice Dias, Advogada especializada em Direito Homoafetivo, do site www.direitohomoafetivo.com.br , simples mas deixa claro o poder da mídia televisiva e a necessidade de haver o convivio entre os diversos, leiam e curtam !!.
OS COLORIDOS

Ninguém entende bem este fenômeno, mas que é uma realidade é: todo mundo adora saber da vida alheia!
Talvez esta seja a singela explicação para o sucesso do BBB - Big Brother Brasil, reality show agora na sua décima edição.

Os participantes, em sua grande maioria, são jovens cheios de sonho, de diversas origens e distintas condições sociais e culturais. Eles não se conhecem, mas têm algo em comum, todos querem ganhar o cobiçado prêmio. Para isso não podem ter nenhuma dificuldade em se expor, pois, ao aceitarem o desfio de serem vigiados 24 horas por dia, abrem mão da própria privacidade.
Na casa, ninguém tem compromisso com nada e ninguém, e não precisa ter preocupação sequer com a própria subsistência. Naquela verdadeira ilha da fantasia, tudo é permitido, intrigas, brigas e romances, em um contexto de muita festa e licenciosidade.
A cada edição algumas mudanças ocorrem ainda que o espírito de competitividade permaneça sendo a tônica. A preocupação de cada um para lá permanecer é cair nas boas graças do povo, único critério seletivo para ter a chance de sair vitorioso. Os espectadores acabam desempenhando o papel de deuses, pois têm a possibilidade de expulsar qualquer morador daquele paraíso.
Na edição que acaba de iniciar, de forma absolutamente surpreendente foram selecionados três integrantes da população LGBT: uma lésbica, um gay e um travesti que atua como drag queem, formando o grupo chamado "os coloridos".
Depois da vitória do Jean, na 5ª edição do BBB, um personagem discreto que só revelou sua orientação sexual quase no final do programa, a mudança é radical. Ao menos nesta bolha que retrata um mundo ideal, o preconceito não existe. De ninguém é excluído o direito de viver em um mundo que procura retratar as pessoas como elas são.
Como a televisão está presente na grande maioria dos lares, é significativo que todos vejam que há a possibilidade de um convívio respeitando as diferenças. Todas as pessoas são iguais, pois todas elas, sem exceção, só querem ter a chance de ser feliz.
Certamente deste compromisso tomou consciência a produção do BBB ao permitir que os brasileiros apreendam a ser tolerantes e a conviver com o outro sem discriminar, agredir ou matar pelo só fato de o outro ser diferente.
Diante de uma sociedade ainda tão homofóbica, em que a diversidade sexual não é respeitada e a homoafetividade ainda não obteve reconhecimento legal, a experiência só pode ser promissora. Afinal, "big brother" significa "grande irmão" e a fraternidade precisa mesmo ser cultivada.
Gostaram !!! comentem

4 comentários:

  1. Infelizmente não concordo com vc. Os coloridos são tratados como exóticos, "freaks", dando seu "colorido" à casa. O BBB apenas nos reforça as caricaturas q a rede globo insiste em por na sua tela.

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  2. Gostaria apenas de lembrar que o Jean não revelou sua homossexualidade apenas quase no final, e sim logo no primeiro paredão, no início da competição. E concordo com Leon, acredito que foi muito melhor ter um Jean nos representando, e assim mostrar um professor, inteligente, culto, de boas maneiras, do qu estereótipos ou um Dr.Marcelo, que fazia intrigas e confusões só por diversão.

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  3. Gostaria de fazer uma correção. Jean não deixou pra falar de sua homossexualidade quase no final do programa, e sim logo no início da competição, ao ir pro seu primeiro paredão. Eu concordo com o Adriano ao dizer que OS COLORIDOS são esteriotipados, e que isso não noa ajude muito. Claro que é muito melhor ter um professor, culto, inteligente, comportado, aparentemente "normal" como todos da casa, como era o Jean, ao invés de ter um urso pronto a atacar qualquer um e sempre fazendo confusão, como era o tal Dr. Marcelo. Não acho que precisamos que as pessoas pensem que gay gostem de causar intrigas e discórdia. Mas também acredito que OS COLORIDOS não sejam algo ruim, afinal de contas esses tipos existem no nosso meio, pq escondê-los, ao invés de mostrar que eles também fazem parte da mesma sociedade e podem ser tão bons quanto o Jean, ou vc, ou eu, ou qualquer um, independente de a qual "tribo" pertencem?

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  4. Blog Super Fotos G

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Legal obrigado por participar você é muito importante para o Olhar Masculino Gay de Piracicaba